deWizela

Extracto de mail enviado ao Sr. Presidente da República: Sua Ex.ª Sr. Presidente da República Vivemos momentos difíceis que exigem medidas e atitudes difíceis, não estamos em tempo de desperdício de recursos e de tempo. Vem isto a propósito do "circo" montado em volta do orçamento de estado. Em primeiro lugar não me parece que o país deva aprovar um mau Orçamento de Estado (OE) apenas com o pretexto da credibilidade externa pois o OE tem em primeiro lugar que ser bom para Portugal e para a credibilidade interna e pelo que noto este OE está longe de alcançar esses objectivos. O Governo tem que entender que quem está tecnicamente falido é o estado e não os portugueses. No sector privado quando não se pode honrar os compromissos fecha-se a porta, de modo que se o Estado não consegue honrar os compromissos com os portugueses tem que "fechar a porta". Bom, fechar a porta o Estado não pode, mas pode reduzir, reduzir, reduzir. Reduzir na dimensão para...

Mantendo-me no tema Orçamento de Estado (OE) e na sua importância para a vida de cada um de nós porque não a publicação de uma versão resumida em 10 a 20 páginas para que a generalidade dos portugueses possa avaliar o seu futuro. Afinal de contas OE em simplex.

Por estes dias a batalha política nacional trava-se na guerra de palavras sobre a aprovação ou não do Orçamento de Estado. A sua não aprovação parece ser um fantasma que paira sobre a cabeça dos portugueses e que qualquer um de nós desde que responsável recusa peremptoriamente. Desde que me interesso por política o Orçamento de Estado é o bicho papão que a oposição não pode recusar sob pena de ser irresponsável. Parece que vivemos num país de faz de conta em que democraticamente se pode usar a rejeição do Orçamento de Estado mas em que o seu recurso é "imoral" e comprometedor da economia nacional. Ora meus senhores, comprometedor da economia nacional e "imoral" é aprovar o documento fundamental da economia de um país quando esse documento é mau para o conjunto dos portugueses. Haja coragem!

A chuva fez saltar por aí muita tampa de saneamento e o que vos conto também me ia fazendo saltar a tampa! Encontrei há dias dois militares da GNR junto a uma tampa de saneamento que havia saltado com as fortes enxurradas. Pensei de imediato que estávamos perante um bom serviço, a presença dos militares indicava aos automobilistas e peões a presença do perigo mas quase de imediato me vem um rasgo de lucidez e, que raio, aqueles militares são dois homens que podem perfeitamente agarrar na tampa e enfia-la no sitio, porque precisam de ali estar à espera que venha uma equipa camarária para o fazer? Eis a noção de produtividade do nosso Estado.