Abade de Tagilde
João Gomes de Oliveira Guimarães, mais conhecido como Abade de Tagilde, nasceu em 1853 numa velha casa abastada, a casa dos Abreus de Bugalhós de baixo, na freguesia de S. Vicente de Mascotelos e que mais tarde viria a ser pároco em Tagilde.
Oliveira Guimarães podia ter sido bispo mas recusou, porém notabilizou-se como historiador, arqueólogo, numismata, epigrafista, diplomatista, genealogista, orador, político, escritor e jornalista. Exerceu funções de vereador e presidente da Câmara de Guimarães.
Terminou o curso de teologia em 1875, tendo sido ordenado presbítero no ano seguinte. Em 1886 tomou posse na paróquia de Tagilde, onde permaneceu até à sua morte em 20 de Abril de 1912. Em 1889 apresentou-se como candidato a deputado pelo Partido Progressita. Nessa época o Abade de Tagilde era um desconhecido e a imprensa de Guimarães apoiou o seu adversário João Franco e tratou de dificultar a candidatura de Oliveira Guimarães. Pelas ruas da cidade começou a ouvir-se:
Oliveira Guimarães podia ter sido bispo mas recusou, porém notabilizou-se como historiador, arqueólogo, numismata, epigrafista, diplomatista, genealogista, orador, político, escritor e jornalista. Exerceu funções de vereador e presidente da Câmara de Guimarães.
Terminou o curso de teologia em 1875, tendo sido ordenado presbítero no ano seguinte. Em 1886 tomou posse na paróquia de Tagilde, onde permaneceu até à sua morte em 20 de Abril de 1912. Em 1889 apresentou-se como candidato a deputado pelo Partido Progressita. Nessa época o Abade de Tagilde era um desconhecido e a imprensa de Guimarães apoiou o seu adversário João Franco e tratou de dificultar a candidatura de Oliveira Guimarães. Pelas ruas da cidade começou a ouvir-se:
O Abade de Bogalhós
Quer jogar as bugalhinhas...
Quer deixar a residência?
Ora toma Mariquinhas!
O Abade de Bogalhós
Joga agora as bugalhinhas...
Queria ser deputado?
Ora toma Mariquinhas!
O Abade de Tagilde nunca teve simpatia por João Franco e nunca o escondeu. Anos mais tarde, João Franco sugeriu o Abade de Tagilde para bispo, mas Oliveira Guimarães recusou argumentando: habituei-me de tal forma à Sociedade Martins Sarmento e à minha freguesia que destas entidades tão queridas não me posso separar.
Oliveira Guimarães abandonou a política nacional e investiu na política local, de tal modo que entre 1902 e 1904 foi vereador da Câmara Municipal de Guimarães e presidente desde 1905 até à instauração da República em 5 de Outubro de 1910. A sua acção na Câmara foi muito marcada por uma renovação urbanística da cidade de Guimarães.
Mas acima de tudo, o Abade de Tagilde foi um homem ligado ao estudo da história local, tendo exercido esta actividade na Sociedade Martins Sarmento. Fez parte desta associação desde a sua fundação, tendo sido elevado a sócio honorário, pelos serviços a ela prestados. Foi seu presidente entre 1902 e 1905. O Abade era amigo de Martins Sarmento e na fase final da vida deste último, foi um importante colaborador, pois substitui-o nos trabalhos arqueológicos, de tal modo que o Abade ganhou o título de incasável calcorreador de montes à cata de velharias.
A João Gomes de Oliveira Guimarães deve-se o actual conhecimento da história local de Guimarães a qual estava até à sua época completamente por fazer, pois o que existia era mais resultado da fantasia do que do rigor cientifico. O Abade de Tagilde interessou-se por temas que só mais tarde começaram a ser do interesse de outros historiadores, como o estudo do abastecimento de água e das epidemias.
Oliveira Guimarães escreveu três monografias, entre as quais a de Tagilde, também escreveu 1500 páginas de artigos na Revista de Guimarães, tendo abordado temas como a tinturaria vimaranense, teatro vimaranense, documentos do mosteiro do souto, abastecimento de água, Convento de santa Clara, entre muitos outros.
Contudo a sua obra de referência é a “Vimaranis Monumenta Histórica”, da qual só conseguiu concluir o primeiro volume, tendo no seu prefácio escrito: oxalá tenha força e tempo para rematar o encargo, que me foi cometido.
A verdade é que não teve tempo, a morte levo-o aos 58 anos de idade, sem conseguir terminar o seu trabalho.
Este texto foi escrito com base nos documentos on-line da Casa de Sarmento (ver aqui)
Oliveira Guimarães abandonou a política nacional e investiu na política local, de tal modo que entre 1902 e 1904 foi vereador da Câmara Municipal de Guimarães e presidente desde 1905 até à instauração da República em 5 de Outubro de 1910. A sua acção na Câmara foi muito marcada por uma renovação urbanística da cidade de Guimarães.
Mas acima de tudo, o Abade de Tagilde foi um homem ligado ao estudo da história local, tendo exercido esta actividade na Sociedade Martins Sarmento. Fez parte desta associação desde a sua fundação, tendo sido elevado a sócio honorário, pelos serviços a ela prestados. Foi seu presidente entre 1902 e 1905. O Abade era amigo de Martins Sarmento e na fase final da vida deste último, foi um importante colaborador, pois substitui-o nos trabalhos arqueológicos, de tal modo que o Abade ganhou o título de incasável calcorreador de montes à cata de velharias.
A João Gomes de Oliveira Guimarães deve-se o actual conhecimento da história local de Guimarães a qual estava até à sua época completamente por fazer, pois o que existia era mais resultado da fantasia do que do rigor cientifico. O Abade de Tagilde interessou-se por temas que só mais tarde começaram a ser do interesse de outros historiadores, como o estudo do abastecimento de água e das epidemias.
Oliveira Guimarães escreveu três monografias, entre as quais a de Tagilde, também escreveu 1500 páginas de artigos na Revista de Guimarães, tendo abordado temas como a tinturaria vimaranense, teatro vimaranense, documentos do mosteiro do souto, abastecimento de água, Convento de santa Clara, entre muitos outros.
Contudo a sua obra de referência é a “Vimaranis Monumenta Histórica”, da qual só conseguiu concluir o primeiro volume, tendo no seu prefácio escrito: oxalá tenha força e tempo para rematar o encargo, que me foi cometido.
A verdade é que não teve tempo, a morte levo-o aos 58 anos de idade, sem conseguir terminar o seu trabalho.
Este texto foi escrito com base nos documentos on-line da Casa de Sarmento (ver aqui)
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