O caso BPN em particular e todos os acontecimentos recentes do sistema bancário internacional em geral têm dado razões para comentários de várias ordens. Preocupa-me porém uma certa irresponsabilidade política que chega de vários quadrantes e que defende que se as instituições visadas são privadas os diversos Estados não as devem assumir. Perante um qualquer problema deve olhar-se para ele com discernimento e objectividade. Este caso deve ser dissecado como faria um investigador num laboratório. Pergunto qual o pior impacto para o país; se perderem-se as poupanças de milhares de portugueses, ou o Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, assumir temporariamente o défice do banco podendo num espaço de 5 ou 6 anos vender os activos do BPN e recuperar, possivelmente com mais valias, o actual investimento? Há porém lições e responsabilidades a apurar. Em primeiro lugar o caso BPN é transversal aos governos PSD e PS, depois o Banco de Portugal falhou na supervisão e por isso o seu pres...