Fábrica de Cutelarias e Pentes - Augusto Inácio da Cunha

Em 1918 foi pedido licenciamento para construção de uma fábrica de cutelarias e pentes, industrias geralmente associadas por produzirem instrumentos com a mesma matéria prima, hastes de bovino. Esta construção, na verdade, terá sido uma ampliação e reconstrução de estruturas já existentes passando pela elevação do açude localizado junto ao balneário termal.




Conforme facilmente se percebe pela planta de localização o empreendimento que se diz localizado no lugar de Pisões situava-se onde mais tarde se construiu o edifício da Fábrica de Calçado Veleiro e as Confecções Caravela, ambos parcialmente demolidos, na margem esquerda do rio Vizela em frente ao balneário termal.

O pedido de licenciamento foi formalizado por Augusto Inácio da Cunha e Joaquim Correia da Silva. Se sobre o segundo por enquanto não conseguimos elementos adicionais, já o primeiro se destaca pela similaridade com Francisco Inácio da Cunha (1861-1947) fundador da antiga Fábrica do Moinho do Buraco em S. Jorge de Selho, Pevidém, e mais tarde sócio de Alberto Pimenta Machado na Empresa Industrial de Pevidém. Foi ainda um grande benemérito de Pevidém. Presumimos pois que o promotor da fábrica de cutelarias e pentes fosse seu familiar e assim se encontra Guilherme Augusto Inácio da Cunha, seu irmão e à época pároco de S. Miguel da Caldas de Vizela, cargo que exerceu durante 13 anos entre 1915 e 1928, ano em que foi nomeado bispo de Angra na ilha Terceira, Açores. Antes havia sido pároco de Serzedelo e São Miguel do Paraíso (anexada a Pevidém).





 

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