Um Robles na Segurança Social
Na política, como de resto na vida em geral, o Frei Tomás aparece a cada virar de esquina e às vezes no espelho! Não é contudo por isso que se deva ser leve na exigência de ética.
No caso Robles a ética é o de menos e espanta-me por isso, ou nem tanto quanto isso, que não se fale no verdadeiro escândalo esse sim de morder a língua para não ter que insultar a classe que nos governa e administra. Ora o Sr. Robles mais a sua irmã adquiriram um prédio por menos de 350 mil Euros, reabilitaram-no e colocam-no no mercado por 5,7 milhões de Euros. Segundo quem fez as contas, já incluindo os gastos das obras, num intervalo de 4 anos o investimento tem uma potencial valorização 4,7 milhões de Euros. Colocando a ética do seu discurso na beira do prato o Sr. Robles e a irmã têm faro para o negócio, mas em toda esta notícia deixam passar quase despercebido que o prédio foi adquirido à Segurança Social! Sim ao Estado português.
Fui eu e todos nós que lhe vendemos o prédio por menos de 350 mil Euros, os quais agora parecem trocos! Pergunto então quem é o nosso "funcionário administrador público" que autorizou o negócio? Quero despromovê-lo ou até mesmo despedi-lo, porque eu suspeito que, seja ele quem for, lhe pagamos o suficiente que justificaria que o próprio em nome da Segurança Social, reabilitasse o prédio, indemnizasse os arrendatários e no final o colocasse à venda, fazendo um encaixe na Segurança Social de 4,7 milhões de euros em lugar dos 350 mil euros. A isto chama-se gestão danosa, esperando que não seja peculato. Ouça-se o "funcionário administrador público" primeiro porque ele até pode ter proposto o negócio e ser interditado pelo poder político e aí! Enfim aí...
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