Batota na Saúde
Se há sector neste país onde a ferrugem custa a ser removida é na saúde. A informatização do sistema de saúde, com consequente emissão de receitas por computador, supostamente viria criar eficiência, registo de históricos e base de dados de doentes. Não duvido do alcance de tal medida e partilho da convicção de que o caminho é esse. Porém os sistemas informáticos quando não correctamente dimensionados e sobretudo quando não permitem flexibilidade no tratamento dos processos regra geral acarretam verdadeiros nós cegos, os quais ninguém sabe desatar.
A base de dados de medicamentos está uma verdadeira confusão. Por aquilo que consigo detectar foram introduzidos na base de dados centenas ou milhares de embalagens não existentes no mercado. Por exemplo, o medicamento XPTO em embalagem de 24 cápsulas e o mesmo medicamento em embalagem de 22 cápsulas. Ora, parece-me mais do que evidente de que a indústria farmacêutica não disponibiliza embalagens com dosagens tão próximas. A confusão está instalada, quando o médico receita, por exemplo, a embalagem de 22 cápsulas e o doente se dirige à farmácia onde o informam que não existe a embalagem com essa dosagem, mas sim com 24 cápsulas. O farmacêutico na impossibilidade de alterar a receita, informa o doente que das duas uma: ou volta ao médico para lhe alterar a receita, ou leva a embalagem de 24 cápsulas mas não tem direito a comparticipação do estado. O doente é claro, ou volta ao médico e paga novamente as taxas moderadoras e perde mais meio-dia de trabalho, ou paga o medicamento na totalidade. É uma questão de fazer contas e encontrar a solução mais vantajosa, a qual para si acarreta sempre prejuízos. O Ministério da Saúde, esse sem dúvida é quem fica a ganhar porque assim deixa de comparticipar milhares de medicamentos.
Há motivos para acreditar que tais erros de informação na base de dados de medicamentos sejam intencionais pois criam um cenário confortável para o Ministério da Saúde que assim vê reduzidas as suas despesas.
Isto assim é batota!
A base de dados de medicamentos está uma verdadeira confusão. Por aquilo que consigo detectar foram introduzidos na base de dados centenas ou milhares de embalagens não existentes no mercado. Por exemplo, o medicamento XPTO em embalagem de 24 cápsulas e o mesmo medicamento em embalagem de 22 cápsulas. Ora, parece-me mais do que evidente de que a indústria farmacêutica não disponibiliza embalagens com dosagens tão próximas. A confusão está instalada, quando o médico receita, por exemplo, a embalagem de 22 cápsulas e o doente se dirige à farmácia onde o informam que não existe a embalagem com essa dosagem, mas sim com 24 cápsulas. O farmacêutico na impossibilidade de alterar a receita, informa o doente que das duas uma: ou volta ao médico para lhe alterar a receita, ou leva a embalagem de 24 cápsulas mas não tem direito a comparticipação do estado. O doente é claro, ou volta ao médico e paga novamente as taxas moderadoras e perde mais meio-dia de trabalho, ou paga o medicamento na totalidade. É uma questão de fazer contas e encontrar a solução mais vantajosa, a qual para si acarreta sempre prejuízos. O Ministério da Saúde, esse sem dúvida é quem fica a ganhar porque assim deixa de comparticipar milhares de medicamentos.
Há motivos para acreditar que tais erros de informação na base de dados de medicamentos sejam intencionais pois criam um cenário confortável para o Ministério da Saúde que assim vê reduzidas as suas despesas.
Isto assim é batota!
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