Sobre Achados Romanos em Vizela (I)


Segue-se um trecho de «Memórias da Litteratura Portugeza» publicado em 1792, sobre as antiguidades de Caldas de Vizela por José Diogo Mascarenhas Neto:

«Haverá 80 anos, segundo a tradição dos povos que alguns moradores da freguezia de S. Miguel das Caldas, numa legua ao Sul de Guimarães principiarão a descobrir as paredes de hum tanque, e ruínas de edifícios suterrados na planice na planice chamada Lameira, aonde passa hum pequeno ribeiro que vai meter para o sul no Rio Vizela, na distancia de 500 passos.

O mesmo tanque se conservou por annos entupido, porque a Camara de Guimarães prohibio aos póvos continuarem a excavação, e nas suas vizinhanças dentro daquella planicie existião cinco nascentes , com diversos gráos de calor. Já antes desta descoberta se fazia uso das mesmas aguas para banhos, conduzindo-se em pipas para o Porto, para Guimarães e para outras povoações, pois que no sitio do seu nascimento não havia commodidade alguma: ellas estavam em charcos descobertos, aonde apenas alguns pobres he que tomavam banho, observando-se contudo maravilhosos efeitos. Os escritores do principio deste século o afirmão: Coreografia Portuguesa falando de S. Miguel.»

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