Quimonda



Alguém disse que a crise tornou-se numa espécie de indústria de escrita. De facto os artigos sobre este tema multiplicam-se tão mais rapidamente do que a própria crise. Porém ela parece ser verdadeira e terrível, e mais do que isso, aproxima-se rapidamente. A incerteza da Quimonda é o primeiro grande sinal de que ela está aí. 

Há pouco mais de uma década atrás, quando a Siemens investiu em Vila do Conde nesta fábrica de memórias para computadores, eu tinha acabado de entrar para a universidade e a Siemens augurava boas perspectivas de trabalho. Na época falava-se em, julgo que, 1600 postos de trabalho, metade dos quais para engenheiros; era a fábrica do futuro. Entretanto, já no quarto ano de Engenharia Electrónica Industrial chegou um colega à universidade que trabalhava na já então Infineon e foi nessa altura que conheci um pouco da realidade daquela que era e é uma indústria de topo.

Depois de concluído o curso nunca me senti seduzido a trabalhar numa organização do género e acabei por me ligar à têxtil primeiro na prestação de serviços  e desde há 5 anos no seio de uma indústria.

Hoje a possibilidade da falência deste gigante da indústria em Portugal tocou-me muito de perto porque há 10 anos era um sonho para muitos aspirantes a engenheiro como eu e porque na minha vida profissional aprendi a sentir a mecânica das plantas industriais.

Comentários

1/2Kg de Broa disse…
DDR5? :o

Ninguém parece escapar à crise, mas para onde vai o dinheiro afinal? Andam a queimá-lo?!

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