Luta para melhorar saúde
In Jornal de Notícias de 2006/08/24 (Denisa Sousa)
No espaço de um mês, a Associação Franco- Portuguesa de Ajuda aos Doentes conseguiu reunir 90 associados, entre os quais vários franceses, para lutar pela melhoria do sistema de saúde português. Ontem, depois de reunir com responsáveis da Sub-região de Saúde de Braga, Joaquina Cunha, a sua fundadora, encontrou apenas "boas intenções". Seguem-se manifestações à porta de consulados e embaixada, por toda a França."Logo que possamos, vamos agendar os protestos. Também temos previstas actividades para angariar fundos", explica a emigrante em França, que iniciou a luta em memória de dois irmãos, falecidos, alegadamente devido à morosidade e imprecisões do sistema de saúde em Portugal. Três manifestações em Guimarães garantiram o início da actividade da estrutura associativa, inédita no seu conteúdo. Do encontro de ontem, a delegação de associados trouxe, contudo, pouco ânimo. "Disseram-nos que as coisas iam melhorar, que não há médicos para todos os portugueses, mas que as coisas vão mudar", resume. Consciente das dificuldades, Joaquina pede, primeiramente, mais humanidade. "Às vezes, basta um sorriso, um aperto de mão. O carinho pelo doente conta muito".As manifestações previstas em França, garante, contarão com a colaboração de franceses, emigrantes lusos e luso- descendentes de várias faixas etárias e escalões sociais, desde professores a bancários. É um apoio pouco comum a uma causa, que extravasa nacionalidades. Joaquina tem os dois irmãos enterrados em Portugal, um dos quais devido a um cancro, tardiamente diagnosticado. "Andou a ser tratado à artrose. O que ele sofreu", conta, emocionada.Os utentes portugueses, "habituados a calar-se", poderão contar com a associação, mesmo estando longe. "Se não obtiverem resposta às suas reclamações, podem contactar-nos", sublinha, advertindo que a ideia não é "copiar o modelo francês" mas sim melhorar as respostas. "Mas, afinal, o Governo não tem poder sobre os médicos?", questiona-se.
No espaço de um mês, a Associação Franco- Portuguesa de Ajuda aos Doentes conseguiu reunir 90 associados, entre os quais vários franceses, para lutar pela melhoria do sistema de saúde português. Ontem, depois de reunir com responsáveis da Sub-região de Saúde de Braga, Joaquina Cunha, a sua fundadora, encontrou apenas "boas intenções". Seguem-se manifestações à porta de consulados e embaixada, por toda a França."Logo que possamos, vamos agendar os protestos. Também temos previstas actividades para angariar fundos", explica a emigrante em França, que iniciou a luta em memória de dois irmãos, falecidos, alegadamente devido à morosidade e imprecisões do sistema de saúde em Portugal. Três manifestações em Guimarães garantiram o início da actividade da estrutura associativa, inédita no seu conteúdo. Do encontro de ontem, a delegação de associados trouxe, contudo, pouco ânimo. "Disseram-nos que as coisas iam melhorar, que não há médicos para todos os portugueses, mas que as coisas vão mudar", resume. Consciente das dificuldades, Joaquina pede, primeiramente, mais humanidade. "Às vezes, basta um sorriso, um aperto de mão. O carinho pelo doente conta muito".As manifestações previstas em França, garante, contarão com a colaboração de franceses, emigrantes lusos e luso- descendentes de várias faixas etárias e escalões sociais, desde professores a bancários. É um apoio pouco comum a uma causa, que extravasa nacionalidades. Joaquina tem os dois irmãos enterrados em Portugal, um dos quais devido a um cancro, tardiamente diagnosticado. "Andou a ser tratado à artrose. O que ele sofreu", conta, emocionada.Os utentes portugueses, "habituados a calar-se", poderão contar com a associação, mesmo estando longe. "Se não obtiverem resposta às suas reclamações, podem contactar-nos", sublinha, advertindo que a ideia não é "copiar o modelo francês" mas sim melhorar as respostas. "Mas, afinal, o Governo não tem poder sobre os médicos?", questiona-se.
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